quarta-feira, 20 de abril de 2016

Esperança

Paro reflito por vários minutos, por que vim para desse outro lado do mundo
Vida loca mó neurose só decepção essa é a vida de um ladrão
No mundão você vale o que tem, aqui desse lado não posso contar com ninguém
Até aqueles aliados meus parceiros, quando vim pra cá me deixaram de escanteio
Agora sou conhecido como mero vagabundo desse outro lado do mundo
As grades me fazem chorar, mas com muita fé vou sair desse lugar
Minha família agora esta na cela, juntos vamos sair dessa merda
Com minha mina varias mancadas eu dei porra vacilei
Porra não vacila se vacila vira presa pra policia
Roubei e não tenho nada, só me meti em parada errada
Quatro artigo é difícil sair, mas eu tenho muita fé que vou sair daqui
Tenho saudade da minha coroa e do futebol com a rapaziada
Na seqüência ver a minha mina minha princesa minha rainha
Hoje eu penso como é que eu vim para nesse lugar, agora é tarde não posso mais negar
Pra mim não enlouquece nesse inferno, eu escrevo meus sentimentos em um caderno
Tudo o que eu não vejo eu escuto da minha cela
O medo me abatia, eu só conseguia pensar na minha família
Saindo daqui eu vou mudar, arrumar um trabalho e uma família formar
Lutar pra nunca mais vacilar, e orgulho pra minha familial eu vou dar
Meus filhos eu vou educar e ensinar ah não errar
Ensinar o que é certo e o que é errado
Se eles fizerem algo errado tem que estar prontos para pagar caro
Tudo nessa vida tem um preço, eu nunca mais vou ser pego
Eu já paguei o que eu devia para a justiça
Não devo mais nada, agora só quero curtir minha vida ao lado da minha mulher e minha filha
Minha nova princesa minha nova rainha que me apaixonei quando vi sua carinha
Vou fazer um castelo na praia, e brinca com ela enquanto o sol raiar
Nas ondas do mar vou ensinar ela mergulhar e nadar
As vezes me pergunto como posso amar, e tenho a resposta quando vejo o brilho do seu olhar
Filha o papai te ama e nunca vai te abandonar no meu coração você sempre vai estar
As dificuldades sempre vão existir, mas eu sempre vou lutar para resistir e não cair
Mesmo se eu cair sempre vou buscar força em Deus e levantar e voltar a caminhar
Por muitas coisas eu passei, por muitas coisas ainda vou passar
Mas do lado da minha mulher eu vou lutar para sempre superar
Vejo minhas fotos e percebo que o tempo não volta, mas isso não me causa revolta
Se hoje eu choro ?
Choro de felicidades por poder passear com a minha família pela cidade
Mas eu conheço as ruas e nem tudo é tranqüilidade e nela existe muita falsidade
Até o fim eu vou buscar a felicidade
Até o fim eu vou viver a cada minuto com intensidade
Ver a minha filha estudar e fazer uma faculdade
Acompanhar minha filha crescer e sobre o mundo aprender
Mãe obrigado por não desistir de mim, agora eu só quero fazer você sorrir
Hoje eu sou um novo homem
Hoje tenho minha casa e tenho meu trabalho e tenho vocês todos do meu lado
Obrigado Jeová por me ajudar ah lutar e ganhar dos problemas desse lugar
Hoje confio em ti senhor para me guiar



Autores : Marcelo de Souza Jesus e Tiago batista lima de oliveira


Metade

Com lagrimas nos olhos
Na mente e no coração muito ódio
Um guerreiro que nunca sobe no pódio
Um impaciente que não para de olhar para o relógio
Um jovem louco
Que vê a vida passando aos poucos
Como eu posso correr atrás, se eu dependo dos outros ?
Aquela história de "eu quero eu posso" não é 100% verdade
Minha vida depende de outra metade
Não posso andar sozinho na cidade
Na escuridão só enxergo essa claridade
Me perco e me enlouqueço nos meus pensamentos
Não sei pra onde devo dar meus seguimentos
Muita coisa na minha vida eu só lamento
Eu sei que, o que eu estou passando pode ser só um momento
Mas no momento esse é o único jeito
Nesse tempo revi meus conceitos
Meu erro foi não correr atrás dos meus direitos
Mas sou feliz porque sei que tenho amigos verdadeiros
Pra sempre irmãos parceiros
Dois loucos guerreiros
O filme da minha vida
É entre lembranças e fotos antigas
Dores e saudades se misturam no frio da barriga
O tamanho dessa dor ninguém pode imaginar
Já tentei, mas ela não para
Eu era imaturo
Hoje eu sou muito duro
Eu imagino, eu sonho, mas não sei qual vai ser meu futuro

quinta-feira, 14 de abril de 2016

O destruidor de vidas.


O destruidor de vidas começa destruindo a própria vida e a vida das pessoas em sua volta.
E é assim por anos ele vai vivendo a vida dele mesmo que destruída e atrapalhando a de todos em sua volta.
16 anos depois ele faz mais uma vitima e destrói a vida dela também.
Prazer Marcelo o DESTRUIDOR.


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Voltando a Pescar

                              

Apouco tempo redescobri o prazer de voltar a pescar.        

Cresci sem pai, com 5 anos de idade através de um primo mais velho descobri um Mundo natural e a capacidade de sobreviver e principalmente me divertir dentro dela a pescaria. Como muitos filhos, eu iria gastar quase todo o meu tempo fora com os amigos brincando nas matas, rios, riachos e praia que cercaram a cidade que eu vivo. Construir meu pequeno equipamento que me permita prosperar fora de casa, uma espécie de constante desenvolvimento e aprendizagem. Muitas vezes, eu e meus amigos gastávamos nosso tempo ao redor de rios e no meio do mato, acho que eu nasci na época errada, eu não me impressiono com toda essa tecnologia, eu curti um pedaço da minha infância que não tinha celulares computadores e videogemes, só quem tinha essas coisas, eram as pessoas que tinham mais dinheiro. Eu amava brincar na terra , pescando, jogando taco, fazendo fogueira em terrenos baldios, eu lembro que nos terrenos tinha os pés as ramas de batata doce, e nós pegávamos as batatas para assar nas fogueiras que fazíamos.

Brincávamos em rua de terra sem muitos carros, onde tínhamos muito espaço. Hoje em dia não temos isso, as crianças de hoje não brincam mais nas ruas, elas ficam em casa nos computadores e celulares.
Hoje as ruas são todas asfaltadas e os carros aumentaram muito, não temos mais espaço, sem falar na violência que aumentou muito.

Quando eu tinha mais ou menos 10 ou 11 anos, fui apresentado a caça e com alguns amigos de pensamento similar, gostávamos de passar dia a pescando e caçando, trazendo de volta peixes, passarinhos, saruês e lagartos, sempre com o nosso estilingue fazendo competição de tiro ao alvo em latinhas. Eu simplesmente amava andar no meio do mato com ele, eu estava sempre atrás da forquilha perfeita, quando um estilingue estourava sempre tinha um de reserva.

Senti que aprendi a respeitar e dar valor a natureza, isso tornou-se um modo de vida que só fortaleceu com a idade. Quando fiquei mais velho, comecei a perceber que a caça e a pesca era apenas uma pequena parte de mim, que se completava com o surf, skate e capoeira. Para mim a vida ao ar livre era tudo, era o meu Mundo a fim de ser uma parte deste Mundo, me fazia aproveitar o máximo desse Mundo e a testar todos os meus limites dele e sem nenhum medo.

 As minhas ocasionais aventuras tornou-se uma prática diária, eu amava essa vida de acordar cedo e escolher entre pescar e caçar, mesmo tendo tão pouca idade e para isso ser feito direito, teria que desenvolver meus equipamentos de pesca e de caça, varas de bambus e de carretilhas, uma caixa pequena de pesca com quase todo tipo de linhas, anzóis, boias, chumbadas e um canivete suíço e uma faca um pouco maior que achei em uma pescaria, tinha um facão e uma pequena inchada que costumava pegar minhoca para pescar caras, bagres e lambaris, nesse equipamento também tinha é claro o meu estilingue.

Hoje para pescar preciso de ajuda, alguém para me levar até o rio colocar a vara na minha mão esquerda, colocar a isca no anzol e retirar o peixe do anzol. Eu basicamente só seguro a vara lanço a linha no rio e fisco a cada beliscada.

Eu amava e ainda amo estar ao ar livre, apesar de não poder realizar essa pratica sozinho como antigamente, mas nunca perdi o desejo de aprender continuamente e aprender outras habilidades práticas que me conectar ao meu redor. Até o momento eu ensino como um aventureiro preso sem nenhuma aventura nova, somente com as lembranças das antigas aventuras. Mas o meu tempo é frequentemente dedicado relatar o que vivi e o que eu vivo e compartilhamento de informações do meu antigo Mundo e do meu atual Mundo através de textos na tentativa de cobrir um vasto vazio solitário dentro de mim