Soldado pronto pra matar, pronto pra morrer,
Preso em um labirinto, sem ter pra onde correr.
Malandro que é malandro chega com tudo, atirando,
Os poetas das ruas falam das verdades mais cruéis e nuas.
Os melhores poetas dormem sob o sereno e a luz da lua.
Quando a raiva, tristeza e revolta me consomem,
Fecho o rosto e me calo no silêncio que me toma.
Minha válvula de escape? Eu sento e escrevo,
Transformo meus sentimentos em palavras e desabafo em segredo.
As grades ao redor do meu coração
Me arrastam para uma profunda solidão,
E tudo ao meu redor vira uma cidade fantasma,
Me sinto perdido na minha própria casa.
Procuro o amor como um caçador atrás da sua presa,
No labirinto da mente, numa busca indefesa.
Aqui dentro não há terra, nem flores,
Só o chão de cimento, frio e sem cores.
Meu peito é como um dia quente sem vento,
Carregando o peso de um silêncio intenso.
Muito bom, Marcelo
ResponderExcluirANGELICA